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É o segundo volume de uma coleção que começou com "Poemas Geométricos" , onde as figuras planas e espaciais ganharam forma em rimas e imaginação. Agora, o desafio foi outro: trazer para dentro da poesia algo tão antigo e presente quanto as quatro operações fundamentais — adição, subtração, multiplicação e divisão.

 

Elas estão por toda parte: no pão que se divide em fatias, na conta que cresce no carrinho de compras, nos passos que somam distâncias, nos minutos que se vão. Mas nem sempre as vemos como são — cheias de sentido, história e beleza. Por isso, decidimos olhar para elas não só com os olhos dos cálculos, mas também com os olhos da escrita.

 

Ao longo do semestre, fomos caminhando pelas operações como quem explora um mapa cheio de segredos. Cada uma delas carrega um jeito próprio de ver o mundo: a soma que reúne, a subtração que tira e ao mesmo tempo revela, a multiplicação que cresce em espiral e a divisão que separa com cuidado, distribuindo o todo em partes iguais.

 

Como parte dessa jornada, propus à turma que cada estudante escolhesse uma operação e a transformasse em poesia. Mas não qualquer poesia — algo que soasse como charada, como enigma, onde os versos dessem pistas para descobrir qual delas estava ali, escondida entre rimas e ritmos.

 

Escrever sobre Matemática foi, para muitos, uma surpresa. Alguns duvidaram no começo, outros se encantaram logo de cara. Todos, porém, mergulharam fundo na tarefa. Pesquisaram, perguntaram, erraram, tentaram de novo. Conversamos muito, trocamos ideias, fizemos risos com cálculos e construímos poemas com paciência e cuidado.

 

Aprendi tanto quanto ensinei. Vi conceitos ganharem vida nas palavras, vi operações virarem histórias, vi meninos e meninas olhando para a Matemática com outros olhos — olhos que questionam, que imaginam, que inventam.

 

E por que poesia? Porque ela abre portas que a lógica nem sempre alcança. Porque ela permite que um número conte uma história. Que um sinal de mais ou menos vire sílaba, vire som, vire emoção.

 

Também decidimos, desde o início, não organizar este livro em ordem alfabética ou temática. Deixamos que ele seguisse o fluxo da turma, o ritmo de quem criou. Um caos leve, feito com carinho e intenção. Afinal, a vida não segue regras fixas — e a aprendizagem, tampouco.

 

Espero que, ao ler estas páginas, você consiga ouvir não só as palavras, mas também os pensamentos que elas guardam. Que veja além do papel e da tinta, e encontre aqui um pouco de tudo que faz a Matemática tão especial: sua lógica delicada, suas infinitas possibilidades, e aquela estranha sensação de que, mesmo quando parece distante, ela sempre esteve perto — basta traduzi-la em versos.

 

*OBS: IMPRESSÃO SOB DEMANDA*